24/01/2007

Parlamento dinamarquês apela ao «sim» em Portugal

A eurodeputada socialista Edite Estrela divulgou segunda-feira à noite, durante um debate realizado em Castelo Branco pela despenalização da Interrupção Voluntária de Gravidez (IVG), um apelo ao voto «Sim» em Portugal oriundo do parlamento dinamarquês.

O documento, enviado à presidente da delegação portuguesa do grupo socialista no Parlamento Europeu «por uma colega dinamarquesa» foi definido por Edite Estrela como «um apelo subscrito por todos os partidos com assento no parlamento dinamarquês».

«É um apelo a que se vote «Sim» em Portugal porque se combate o aborto», afirmou, ao discursar perante cerca de 350 militantes e simpatizantes socialistas, no final de um jantar promovido pela federação do PS de Castelo Branco. Segundo a eurodeputada do PS, o aborto «diminuiu na Dinamarca» desde que aquele país despenalizou a IVG, até às 12 semanas, em 1973.

O documento, a que a Agência Lusa teve acesso, é assinado pelo presidente e vice-presidente da Comissão de Assuntos Sexuais e Reprodutivos das Mulheres do parlamento dinamarquês, órgão onde, segundo Edite Estrela, «estão representados todos os partidos».

Escrita em inglês, a mensagem classifica o tema do aborto como «um assunto ético e sério», mas lembra que 95 por cento dos dinamarqueses «acham que a mulher deve ter o direito de escolher uma interrupção voluntária da gravidez segura e legal».

No discurso que proferiu, Edite Estrela apresentou ainda números de um estudo norte-americano, que apontam para um custo «quatro vezes superior» do aborto clandestino quando comparado com os custos da IVG até às 10 semanas. «Até às 10 semanas [a IVG] é feita por processos químicos. Não tem os custos que as pessoas pensam», disse.


Mensagem foi apresentada por Edite Estrela numa sessão de esclarecimento
2007/01/23

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